Cérebro Neurotrônico
— Ensaios Hipotéticos sobre a Tecnologia Ybymarense —
1. Estrutura de um Cérebro Neurotrônico
Um cérebro neurotrônico padrão tem a forma de meia esfera com cerca de 10 centímetros de diâmetro. Essa meia esfera é formada por 256 lóbulos de cerca de 0,8 cm de diâmetro, cada um contendo 256 milhões de neurotrônios interligados, perfazendo um total de 64 bilhões de neurotrônios.
Um cérebro com arquitetura RNR (rede neurotrônica reconfigurável) é incrivelmente mais complexo que um cérebro com arquitetura RNF (rede neurotrônica fixa) com a mesma quantidade de neurotrônios.
Cada lóbulo tem a forma de uma estrutura cilíndrica, conforme ilustração abaixo, para Rede Neurotrônica Fixa.

Em um lóbulo com área externa de cerca de 2,5 cm2, é dedicado cerca de 1 mícron quadrado para cada neurotrônio, suportando cerca de 256 milhões deles. Para o modelo PSI311, os neurotrônios são mais simples e as interligações internas de entre os neurotrônios de cada lóbulo é fixa.
Os lóbulos são dispostos em uma grade hexagonal, recurvada em forma de meia esfera, conforme ilustração abaixo. Cada hexágono contém um lóbulo, sendo distribuídos 256 deles pela semiesfera que constitui o cérebro neurotrônico.

Já o cérebro 496 possui rede reconfigurável; por isso tanto os lóbulos quanto a interligação entre eles é mais complexa. Cala lóbulo é dividido em grupos de, digamos, 1 milhão de neurotrônios, e estes grupos podem ser conectados de forma independente a qualquer outro grupo de qualquer outro lóbulo.

Cada lóbulo possui em sua base fotoemissores e fotorreceptores. O sinal de saída é multiplexado no fotoemissor e o de entrada é demultiplexado no fotorreceptor. A estrutura interna está ilustrada abaixo.

Com esta estrutura, cada grupo pode enviar e receber informações para ou de qualquer outro grupo de forma rápida, eficiente e sem interferências.
2. Neurotrônios
São pequenos processadores digitais metamórficos cuja função é imitar o comportamento dos neurônios biológicos. Possuem poucas instruções e funcionam em clock baixo.
Um neurotrônio possui entrada de dados de 8, 16, 32 ou mais bits, multiplexado em apenas uma linha. Sua saída é ligada, normalmente, a vários outros neurotrônios. Ativadores e inibidores são codificados na mesma linha, e o nanoprocessador os identificará e responderá com a saída adequada. Abaixo há uma ilustração de um neurotrônio de 8 bits de entrada e 8 bits de saída. Por convenção, digamos que este neurotrônio é do tipo “e8s8”, que quer dizer “entrada: 8-bit, saída: 8-bit”.

Neurotrônios podem ter muitas entradas de 8 bits (ou de 4-bit, 16-bit, etc.) mas apenas uma saída que será ligada a vários outros neurotrônios. As entradas são multiplexadas no tamanho do barramento de entrada do nanoprocessador. A interligação entre neurotrônios define se será uma rede fixa ou reconfigurável. Abaixo há um exemplo de Rede Neurotrônica Fixa (RNF).

Neste tipo, a interligação entre neurotrônios não pode ser alterada. Já na Rede Neurotrônica Reconfigurável (RNR) as interligações podem ser alteradas. Veja abaixo uma ilustração de RNR.

Na RNR, um ou mais neurotrônios determinam como um grupo deles será interligado.
3. Processador digital e quântico
Na base do cérebro neurotrônico fica instalado um processador digital para operações automáticas, associado a um quântico. O formato deste processador é de um cilindro cortado que é encaixado na base, de forma que o conjunto possa encaixar-se em um crânio similar ao humano. Observe a ilustração abaixo.

A disposição apresentada é propositalmente parecida com a do encéfalo humano, para que possa ser instalado em um crânio sintético de forma a facilitar a moldagem da cabeça e do rosto com aparência humana.
4. Prevenção de falhas
Adicionalmente, pode ser instalado no módulo digital um ou mais supercapacitores de forma a prevenir falhas de energia. Da mesma forma, na parte central de cada lóbulo também deve ser instalado um supercapacitor com a mesma finalidade. Falhas de energia podem acarretar disfunções e perdas de dados irrecuperáveis no cérebro.
